Você decide
Era o início de mais uma conversa sem sentido. A pauta daquela reunião entre o supervisor de suporte ao usuário - Geraldino - , o gerente de infraestrutura – Quaresma - e o gerente de arquitetura de TI, era a situação de um de seus empregados.
- Geraldino, você tem que tomar uma decisão. Desferiu Quaresma para o supervisor de suporte. – O Coutinho, não está com uma boa avaliação e provavelmente será demitido. Na área de arquitetura de TI, existe uma vaga que se encaixa perfeitamento no perfil dele.
Com típica postura arrogante, continuou... – Mas podemos ficar com ele aqui na equipe. Mas você será o responsável pela recuperação. O que você acha? A decisão fica com você, já que esta desempenhando a função de líder desta equipe.
A tempos que Geraldino e Quaresma divergiam sobre como tratar os empregados. Quaresma, que não mostrava habilidade no gerenciamento de pessoas, gostava, a cada ciclo de 9 meses a um ano, tirar um de seus colaboradores para bode expiatório de suas incompetências e demití-lo. O processo iniciava-se sempre um pouco antes da avaliação formal da companhia e consistia basicamente em minar a credibilidade e a competência do funcionário. Na avaliação, tratava de rebaixar o coitado e destruir sua auto estima. Três meses após o feedback, o desligamento. Quando dava, aproveitava alguma situação apontada pela área de Controle de Processos e engatava uma justa causa.
Agora era vez de Coutinho.
O que fazer
Para Geraldino, o cenário era claro, mais cedo ou mais tarde era a vez dele. Se concordasse com aquela postura, certamente ganharia mais um ano de vida sem se incomodar com a estratégia pouco ética de seu gerente, caso contrário, seu futuro estava traçado...
Mas seus princípios, sua integridade e seu sangue quente nas veias não aceitavam aquele tipo de coisa, aquele absurdo corporativo, como gostava de comentar com seus pares. Gostava de pensar que ainda acreditava na política de RH da empresa, área que ainda cultuava a boa gestão de pessoas e o aperfeiçoamento de seus líderes. Se dependesse deles, o perfil de Quaresma deveria ser extinto da camada de gestão da companhia.
Mas sozinho, não sabia que rumo tomar. Poderia forçar uma situação através de uma denúncia ao RH ou na área de auditoria, mas para que isso acontecesse, deveria passar por cima de todos os seus líderes e isso, isso ele não faria. Preferiria ser demitido a ser visto como o cara que denunciou uma situação, que no entendimento dele, era bem clara.. até para seu CIO.
Para toda ação...
Sabendo do futuro próximo, Geraldino comprou a briga. Formalizou através de um email a não concordância com aquela postura e “recomendou” a transferência do colega para o outro setor. A repressária de Quaresma, como era de se esperar, não demorou a vir, nas semanas que se passaram começou a levar a culpa de diversos problemas nos ambientes de TI e de sistemáticas "mijadas", sempre na frente da equipe. Na avaliação anual de performance, seu resultado de desempenho baixo, o colocava na cauda do C, da curva ABC... ou seja, na famosa lista negra da TI.
Por sorte, poucos meses depois, Quaresma foi transferido. Soube que outros candidatos à lista negra se rebelaram e subiram ao CIO para delatar os abusos e falta de ética de seu líder.
Mas para Geraldino - ex prata da casa -, já era tarde. Indignado com a situação, trocou de emprego.
Meses depois, aquela TI viu, um a um de seus melhores técnicos saindo da companhia a convite de Geraldino. Coutinho foi o primeiro.
Era o início de mais uma conversa sem sentido. A pauta daquela reunião entre o supervisor de suporte ao usuário - Geraldino - , o gerente de infraestrutura – Quaresma - e o gerente de arquitetura de TI, era a situação de um de seus empregados.
- Geraldino, você tem que tomar uma decisão. Desferiu Quaresma para o supervisor de suporte. – O Coutinho, não está com uma boa avaliação e provavelmente será demitido. Na área de arquitetura de TI, existe uma vaga que se encaixa perfeitamento no perfil dele.
Com típica postura arrogante, continuou... – Mas podemos ficar com ele aqui na equipe. Mas você será o responsável pela recuperação. O que você acha? A decisão fica com você, já que esta desempenhando a função de líder desta equipe.
A tempos que Geraldino e Quaresma divergiam sobre como tratar os empregados. Quaresma, que não mostrava habilidade no gerenciamento de pessoas, gostava, a cada ciclo de 9 meses a um ano, tirar um de seus colaboradores para bode expiatório de suas incompetências e demití-lo. O processo iniciava-se sempre um pouco antes da avaliação formal da companhia e consistia basicamente em minar a credibilidade e a competência do funcionário. Na avaliação, tratava de rebaixar o coitado e destruir sua auto estima. Três meses após o feedback, o desligamento. Quando dava, aproveitava alguma situação apontada pela área de Controle de Processos e engatava uma justa causa.
Agora era vez de Coutinho.
O que fazer
Para Geraldino, o cenário era claro, mais cedo ou mais tarde era a vez dele. Se concordasse com aquela postura, certamente ganharia mais um ano de vida sem se incomodar com a estratégia pouco ética de seu gerente, caso contrário, seu futuro estava traçado...
Mas seus princípios, sua integridade e seu sangue quente nas veias não aceitavam aquele tipo de coisa, aquele absurdo corporativo, como gostava de comentar com seus pares. Gostava de pensar que ainda acreditava na política de RH da empresa, área que ainda cultuava a boa gestão de pessoas e o aperfeiçoamento de seus líderes. Se dependesse deles, o perfil de Quaresma deveria ser extinto da camada de gestão da companhia.
Mas sozinho, não sabia que rumo tomar. Poderia forçar uma situação através de uma denúncia ao RH ou na área de auditoria, mas para que isso acontecesse, deveria passar por cima de todos os seus líderes e isso, isso ele não faria. Preferiria ser demitido a ser visto como o cara que denunciou uma situação, que no entendimento dele, era bem clara.. até para seu CIO.
Para toda ação...
Sabendo do futuro próximo, Geraldino comprou a briga. Formalizou através de um email a não concordância com aquela postura e “recomendou” a transferência do colega para o outro setor. A repressária de Quaresma, como era de se esperar, não demorou a vir, nas semanas que se passaram começou a levar a culpa de diversos problemas nos ambientes de TI e de sistemáticas "mijadas", sempre na frente da equipe. Na avaliação anual de performance, seu resultado de desempenho baixo, o colocava na cauda do C, da curva ABC... ou seja, na famosa lista negra da TI.
Por sorte, poucos meses depois, Quaresma foi transferido. Soube que outros candidatos à lista negra se rebelaram e subiram ao CIO para delatar os abusos e falta de ética de seu líder.
Mas para Geraldino - ex prata da casa -, já era tarde. Indignado com a situação, trocou de emprego.
Meses depois, aquela TI viu, um a um de seus melhores técnicos saindo da companhia a convite de Geraldino. Coutinho foi o primeiro.
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